sábado, janeiro 26, 2008

O poder da segunda lei

Somos constantemente induzidos a pensar que ter mais dinheiro ou poder nos torna mais felizes. Mas a felicidade parece mais ser uma questão de atitude do que de dinheiro. Quanto ao poder, bem, o poder de fazer o que queremos, i.e., a liberdade, isto é uma das coisas que o MasterCard não pode comprar: isto não tem preço!
Um estudo recente da Dra. Sonja Lyubomirsky, da Universidade da Califórnia em Riverside, publicado no livro “The How of Happiness: A Scientific Approach to Getting the Life You Want” sugere que 50% de nosso estado de felicidade depende de fatores genéticos. Uau, that’s a lot! Por outro lado, ela argumenta que a felicidade pode ser criada e requer contínuo esforço, vontade, disciplina, e auto-controle (Veja a excelente resenha de Laura Rowley, em http://finance.yahoo.com/expert/article/moneyhappy/63192). Ou seja, felicidade dá trabalho! E aí, meu amigo, minha amiga, estamos novamente diante da famigerada segunda lei da Termodinâmica.
A segunda lei da Termodinâmica é um “resumo científico” do que se obtém quando se observa o modus operandi da Natureza, em termos da energia que precisamos colocar para realizar um determinado processo. A Natureza parece funcionar de tal forma que sempre cobra um preço, por menor que ele seja –infinitesimal como diriam os matemáticos–, para que certos objetivos sejam alcançados. Em outras palavras, a mudança para (ou manutenção de) um estado de felicidade depende de esforço. E este esforço é o trabalho que temos que realizar para manter nosso nível de satisfação, independentemente da condição em que estamos.
O ser humano, com sua admirável capacidade de se auto-preservar e de se adaptar, precisa sistematicamente de uma recompensa pelo trabalho realizado, o que é proporcional ao seu estado de felicidade. A ausência de esforço, por outro lado, isto é, a acomodação, traz a morte para mais perto, pois esta é o resultado da inatividade e da falta de aporte da energia necessária para a manutenção do status quo.
A conclusão inequívoca é: se você quiser ser feliz, não basta ter dinheiro, tem que se esforçar. A recompensa é a felicidade, num certo tempo e num certo espaço, e que –de uma maneira geral– vale o esforço.
Esse é o poder da segunda lei. Se você sempre colocar um pouquinho a mais de energia do que o mínimo necessário, sempre sobrará um “lucro”, que você pode usar como quiser.

3 comentários:

Anônimo disse...

Oi Luismar,tudo bom? Eu acho que e' e deve ser assim mesmo o macanismo de querer alguma coisa para si proprio.A lei da atracao seria assim se todos fizessem um esfoco a mais...
muito bom seu blog, ADoReI.
BEIJOS, RHAISSA.

Felipe Trevisani Coelho disse...

E ae Professor Luismar...
Ja li e reli seus textos algumas vezes. Estou a espera de outros, pois sempre eh bom ler suas avaliacoes e comentarios...
Abrass!!

Anônimo disse...

Oi Luismar, nunca tinha visto a felicidade do ponto de vista termodinâmico. Adorei esse post, porque compartilho da mesma opinião, ser feliz da trabalho e requer esforço continuo! Muito bom, por que parou de escrever ?
Um abraco, Ana Paula Pezzin